A exposição Engenho e Obra: Engenharia em Portugal no século XX, desenrola-se por cerca de 3000 m2 e ocupando todo o espaço útil da Cordoaria.
A Exposição contará com núcleos contextuais e 21 núcleos temáticos que incluem a análise de aspectos que vão desde os primórdios da engenharia, com as primeiras experiências no campo da electrificação, às tecnologias de informação e comunicação e à engenharia biomédica. Pelo meio, seremos conduzidos pelas grandes realizações nos portos, construção naval, pescas, minas e georecursos, barragens, aplicações ferroviárias, moldes, automóvel, calçado e energia e ambiente.
Os vários núcleos procuram aliar a qualidade do conteúdo e o rigor científico à espectacularidade em termos cénicos, recriando alguns ambientes – como seja a construção de uma grande parede de barragem – e apresentando grandes maquetas.
Adicionalmente, em todos os núcleos serão exibidos filmes que ajudam o visitante a ter uma panorâmica histórica e tecnológica do tema em questão, estando esses suportes a ser preparados pelos jornalistas Diana Andringa e Rui Trindade.
Plano geral da exposição: Integração de Zonas de Contexto e de Zonas Temáticas
Zonas de contexto |
Zonas temáticas |
Raízes |
1 |
Monarquia Constitucional e I República
|
Primórdios da Electricidade |
Edificações e Materiais de construção |
Química |
Metalurgia e Metalomecânica |
2 |
Da implantação do Estado Novo à II Guerra Mundial |
Portos e engenharia costeira, Construção Naval e Pescas |
Hidráulica Agrícola |
Pontes e Vias Públicas |
Minas e Georecursos |
3 |
A viragem da Guerra.
Os novos rumos da electrificação e da industrialização |
Electrificação |
Barragens |
Metalomecânica Pesada |
4 |
Anos 50 e 60: os caminhos da modernização |
Aplicações Ferroviárias |
Urbanismo e Território |
Florestas e produtos derivados |
Processos Químicos |
5 |
Democracia e viragem para a Europa. Do 25 de Abril ao final do século |
Dos Moldes à Engenharia do Produto |
Automóvel: da Produção à Concepção |
Sistemas de Informação e Comunicação |
Calçado: equipamentos e novas tecnologias |
Energia e Ambiente |
Engenharia e Vida |
Desafios: A engenharia na sociedade da aprendizagem |
As raízes da engenharia portuguesa
O primeiro destes núcleos diz respeito às Raízes da Engenharia Portuguesa, no qual o visitante irá tomar contacto com os primeiros momentos da engenharia, que vão desde a engenharia militar à afirmação da engenharia civil; os engenheiros e a intervenção política; os engenheiros e o progresso material do país; a construção de infra-estruturas viárias, ferroviárias, portuárias e urbanas; o domínio de novos materiais e técnicas de construção e a afirmação da arquitectura de engenheiros.
Este primeiro espaço de exposição culmina com as chamadas "obras de arte" da engenharia – como as pontes e os viadutos - construções onde os engenheiros portugueses puseram em prática o seu domínio de ciências como a matemática e a física e da tecnologia associada à aplicação de novos materiais, daí resultando grandes obras em ferro e, mais tarde, em betão.
Da Monarquia Constitucional à integração na Comunidade Europeia
Prosseguindo um fio condutor histórico, a exposição avança, em termos cronológicos, para a Monarquia Constitucional e I República, onde se assiste ao lançamento das bases para o ensino da engenharia. É o período da construção do gigante conglomerado industrial da CUF, no Barreiro e aquele onde se vivem os êxitos e fracassos do surto industrial do pós-guerra.
O segundo grande momento histórico prolonga-se desde a implantação do Estado Novo à II Guerra Mundial. Uma época caracterizada pela ascensão e afirmação dos engenheiros e da engenharia e por uma política de edificação de infra-estruturas. É nesta altura que a unificação do mercado interno nacional começa a ganhar forma, através da construção de uma rede viária e da construção e reapetrechamento de alguns dos principais portos nacionais e o arranque do plano de fomento mineiro.
Com o fim da Guerra, surge o terceiro núcleo de contexto, dedicado aos novos rumos da electrificação e da industrialização e onde os engenheiros assumem crescente protagonismo na afirmação definitiva da corrente industrialista. É a altura dos grandes aproveitamentos hidroeléctricos e do desenvolvimento do sector metalomecânico.
O quarto núcleo apresenta-nos os anos 50 e 60 e os caminhos da modernização.
Assistimos à introdução da química de alta-pressão e consolidação da CUF. A siderurgia e os petróleos estão na ordem do dia. Surgem os transportes públicos e o Metropolitano de Lisboa. Novos imperativos de urbanização e de reordenamento do território são equacionados enquanto se intensifica a exploração da fileira florestal.
O último núcleo de contexto histórico é dedicado à revolução de 25 de Abril de 1974 e consequente abertura do País à Democracia. Uma sociedade baseada no conhecimento científico e tecnológico emerge apoiada pela integração na Comunidade Europeia e pela progressiva globalização da Economia. A indústria dos moldes conhece grande desenvolvimento. O sector automóvel cresce e o do calçado assume contornos exemplares. A emergência do conceito de “rede” é facilitada pelas novas tecnologias de informação e comunicação. Emergem e ganham força as questões ambientais e a sustentabilidade económica e social. A engenharia e a ética é tema de debate.
Vinte e um núcleos temáticos sobre a engenharia feita em Portugal
Engenho e Obra: Engenharia em Portugal no século XX apresenta 21 núcleos temáticos que, de forma sucinta, rigorosa e interactiva, dão a conhecer as principais realizações da engenharia feita em Portugal durante o século XX. Os 21 núcleos e respectivos conteúdos são:
Primórdios da Electricidade
Das primeiras experiências à generalização da electrificação urbana. Introdução dos carros eléctricos (Porto, 1895; Lisboa, 1901). Construção e desenvolvimento das principais centrais (Central Tejo, Lisboa; Central do Ouro, Porto). Electrificação no sector industrial (1ª fábrica têxtil, 1904).
Dos diplomas legislativos de 1927, relativos à construção de uma rede eléctrica nacional, à Lei de Electrificação do País (1944).
Edificações e materiais de Construção
A intervenção dos engenheiros associada à aplicação de novos materiais nas edificações, disputando o terreno aos arquitectos. A passagem, na transição do século, do ciclo do ferro (Palácio de Cristal e a Ponte D. Maria no Porto ou o elevador de Santa Justa e a Garagem Auto-Palace em Lisboa, estações do Rossio e S. Bento...) ao ciclo do betão (desde a Moagem do Caramujo...), garantindo o sucesso da primeira fábrica de cimento portland,1894. Material e tecnologia como forma, o betão experimental nos programas públicos; da construção industrial à grande escala pública. Evoluções técnicas e sistemas. O regresso às grandes obras públicas no final do século.
Química
A indústria química na primeira metade do século XX: um desenvolvimento dominado pela produção de adubos. O fim do século XIX e a Companhia Real Promotora da Agricultura Portuguesa (1884). A construção do complexo industrial da CUF no Barreiro (1908); a Companhia Industrial Portuguesa (1919) e a SAPEC (1926). A cobertura das necessidades nacionais de superfosfatos nas vésperas da Campanha do Trigo. A Soda Póvoa, o Amoníaco Português e a Nitratos de Portugal.
Metalurgia e Metalomecânica
As dificuldades de implementação da indústria pesada em Portugal: escassez de minérios, falta de capitais, deficiência técnica. O desempenho de José Pedro Colares (1808) Tomé Féteira (1856), família Burnay (1874) e Eduardo Duarte Ferreira (1879). A I Guerra Mundial, a paz e o crescimento do sector metalúrgico (a Fundição de Oeiras e as Oficinas Metalomecânicas da CUF); a aliança entre a agricultura e a “boa indústria” na Campanha do Trigo, a aposta na construção de alfaias e máquinas agrícolas. Tradição vs. Engenho: a industrialização do País. O fabrico de precisão em série (Oliva, 1948) e o arranque da metalomecânica pesada. A necessidade de concentrar e reequipar. O atraso tecnológico... e a luta pela sobrevivência de um sector.
Portos e Engenharia Costeira, Construção Naval e Pescas
Construção de portos e engenharia costeira: dos portos naturais aos portos artificiais. O primeiro Plano de Portos (1929) e os planos posteriores. Construção e obras de ampliação dos principais portos ao longo do século: Aveiro, Leixões, Lisboa, Setúbal e Sines.
Indústria naval: estaleiro da Rocha (construção e concessão à Soc. Constr. e Rep. Navais, 1927, arrendamento à CUF); Arsenal do Alfeite (1927); estaleiros de Viana do Castelo (1944), Lisnave (1967), Setenave (1974), encerramento da Margueira (2000) e a concentração de actividades de reparação na Mitrena (o “hydrolift”). A construção naval em Viana do Castelo.
Pescas, tecnologia e recursos haliêuticos, o triângulo em que assentam as pescas portuguesas no século XX. O feixe de inovações que remonta a finais de oitocentos, fez das artes indústria. A exploração equilibrada dos mares.
Hidráulica Agrícola
Criação da Junta Autónoma das Obras de Hidráulica Agrícola (1930): da obra de Paul de Magos (1938)... ao vale do Sado (1949) e à Campina da Idanha (1949). Lei dos Melhoramentos Agrícolas (1946). As obra do Lis (1948), do Algarve (1956-1959) e do Sorraia (1959). Plano de Rega do Alentejo (1957) e suas concretizações. Aproveitamento do Mira (1969). Aproveitamentos no Nordeste Transmontano e na Cova da Beira. Alqueva em início de concretização.
Pontes e Vias Públicas
Das primeiras pontes de betão (ponte Vale de Meões, 1904) ao viaduto Duarte Pacheco (1944). A construção de uma rede rodoviária nacional: Marginal Lisboa-Cascais (1937) e a auto-estrada Lisboa-Estádio Nacional (1944); início da auto-estrada do Norte (1961). Pontes de Edgar Cardoso (Arrábida, 1963). A Ponte sobre o Tejo (1966). Adesão às Comunidades Europeias: os IP’s, os IC’s, a rede de auto-estradas e as suas obras de arte. A “via verde”. Pontes de tirantes e a ponte Vasco da Gama; pontes em pórticos e a ponte de S. João. Instalação do caminho-de-ferro na ponte 25 de Abril.
Minas e Georecursos
A Lei de Minas (1930). Pirites do Alentejo (30´s). A Lei do Fomento Mineiro e a criação do Serviço de Fomento Mineiro (1939) e o reconhecimento das existências nacionais. As minas de urânio e volfrâmio; as minas da Panasqueira. As minas de Aljustrel, Loulé e Neves Corvo.
Rochas ornamentais (mármores, granitos...) e águas minerais.
A robótica marinha e o processamento de sinais acústicos subaquáticos na década de 90: as missões na região dos Açores, e a exploração das placas tectónicas na Junção Tripla dos Açores.
Electrificação
A Lei 2002, da Electrificação do País (1944). As hidroeléctricas do Zêzere e do Cávado (1945), destinadas à realização dos grandes empreendimentos produtores de hidroelectricidade. A constituição da CNE (1947) e a criação da Rede Nacional de Transporte (1951) e do Repartidor Nacional de Cargas (1951). Os aproveitamentos do Douro nacional e internacional. A Empresa Termoeléctrica Portuguesa. As grandes centrais termoeléctricas a fuel e a carvão. A Companhia Portuguesa de Electricidade (1969). Nacionalização e constituição da EDP. Produção e distribuição reunidas e o completar da electrificação do País. Cisão e criação do grupo EDP (1991); privatização, 1997. A liberalização dos mercados de energia, o mercado ibérico e o europeu.
Barragens
“Lei das águas” (1919). Primeiras grandes iniciativas: Lindoso (1921); acção da Hidroeléctrica Alto Alentejo. Guilhofrei (1938); Santa Luzia (1942). Lei 2002, da Electrificação do País (1944). Criação das hidroeléctricas do Zêzere e do Cávado (1945): Castelo do Bode (1950), Venda Nova (1951), Cabril (1954); Barragens do Alto Rabagão (1963) e do Douro Internacional. Plano de Rega do Alentejo (realização desde 1962). A navegabilidade do Douro e a eclusa do Carrapatelo (1971). Cabora Bassa (1974). Barragens do Douro Nacional. Alto Lindoso (1992). Fecho das comportas de Alqueva (2002).
Metalomecânica Pesada
Uma nova “linha de rumo”: a industrialização, a electrificação, o desenvolvimento dos transportes e o advento da metalomecânica pesada: a Sorefame (1943), a Efacec (1948) a Mague (1951) e a Sepsa (1958). Dos primeiros projectos de equipamento hidromecânico: válvulas, grades, condutas e equipamento de rega...ao apetrechamento das grandes centrais térmicas: caldeiras e turbo – geradores. A criação das “maiores máquinas do mundo”– os pórticos da indústria naval: dos estaleiros da Lisnave... rumo à internacionalização; o “Acordo de Energia de 1979” e a questão da autonomia da engenharia nacional na concretização de grandes projectos. A década de 90: a reestruturação, as fusões e os mercados internacionais.
Aplicações Ferroviárias
O caminho de ferro como elemento estruturante do espaço nacional e os obstáculos ao seu desenvolvimento. Um sistema técnico integrado, desde a plataforma à fixação da catenária e à gestão da exploração. Em termos de longa duração, o caminho de ferro apresenta-se inovador, laboratorial e fiável. A Alta Velocidade ou a renovação do caminho de ferro.
Do metropolitano de Lisboa (1959) ao metro do Porto.
A Sorefame e o desenvolvimento do sector de construção de equipamento ferroviário, I&D na Universidade e a modulação de “crash”.
Urbanismo e Território
O urbanismo como resposta ao crescimento das cidades. A expansão da cidade de Lisboa por Ressano Garcia (1903); Duarte Pacheco e os planos para Lisboa, 1938-1948: O “Plano Groer” (1948) e as grandes transformações produzidas na cidade durante as três décadas seguintes, incluindo o plano de Alvalade de Faria da Costa (1948) e, na década de 50, os planos de Olivais e Chelas. O Plano Regulador do Porto, de Almeida Garrett (1952). A reconversão da zona oriental de Lisboa e a urbanização do actual Parque das Nações (1994-2000).
Os sistemas de informação geográfica, SIG, e os conteúdos geo-referenciados.
Florestas e produtos Derivados
O Regime Florestal de 1901, início da política florestal e de florestação que prossegue sob regulação do Estado e o desempenho activo das grandes empresas industriais. A Companhia Portuguesa de Celulose em Cacia (1954) e o desenvolvimento do sector de produção de pasta celulósica e do papel (Celulose Billerud/Celbi, 1965; Inapa, 1969; Portucel, 1975...). A produção de derivados da madeira (Sonae, 1959) e a transformação da cortiça (Corticeira Amorim, 1963). A actual liderança mundial nos respectivos sectores dos Grupos Sonae e Amorim.
Processos Químicos
A implantação da química de alta pressão. A constituição da União Fabril do Azoto e da Amoníaco Português (1952). A Nitratos de Portugal (1957). Os desenvolvimentos da CUF. O desenvolvimento dos sectores agro-alimentar (concentrado de tomate, cerveja e rações) e do vidro (Covina, 1941), a produção de fibras sintéticas, de embalagens de plástico, de antibióticos e de pasta de celulose e papel...
A refinação do petróleo (Sacor, 1940, 1954, 1969) e o desenvolvimento da petroquímica (Sociedade Portuguesa de Petroquímica, 1961). As Refinarias do Norte (1969) e de Sines (1978).
A Siderurgia Nacional (1961), da abertura ao fecho do alto-forno.
O Pólo de Desenvolvimento de Sines (1971) e a constituição de uma área concentrada de indústrias de base.
Dos Moldes à Engenharia do Produto
Da génese na Marinha Grande associada à indústria vidreira, à introdução, na década de trinta, da ureia fenólica (ou baquelite). Os moldes para plástico e a Aníbal H. Abrantes (desde 1946), a “Universidade dos Moldes”. Do início das exportações na década de 50 com moldes para brinquedos, ao aparecimento de máquinas de comando numérico na década de setenta e a introdução dos softwares CAD/CAM. A década de 90: as novas tecnologias e os moldes para automóvel; engenharia inversa, processos de prototipagem rápida, tecnologias assistidas por laser, ambientes emersivos ou virtuais e as telecomunicações avançadas. O trabalho cooperativo entre empresas e os mercados internacionais.
Automóvel: da produção à Concepção
A imposição da montagem em Portugal de veículos destinados ao mercado doméstico: 1961-1974/76 – Unidades de Montagem CKD. O Projecto RENAULT: 1977-1986/88. Cacia, Setúbal e a génese dos primeiros dos fornecedores nacionais de componentes. O Projecto AUTOEUROPA: 1989-2002/04, e a dinamização de redes de fornecedores de componentes, atingindo cerca de 25% das exportações nacionais.
Sistemas de Informação e Comunicação
Os primórdios das comunicações; a emergência dos sistemas de informação. A viragem dos anos 70: a constituição do Centro de Informática do LNEC e a compra do DEC-10; do GECA ao CET; o desenvolvimento da inteligência artificial; a Datamatic – uma empresa pioneira; Anos 80: a criação do INESC e alguns dos seus projectos pioneiros; o ENER 1000 e a vontade de criar um PC português; o arranque da telemedicina; o aparecimento do Multibanco; os anos 90: a expansão da internet; a invenção dos pré-pagos e o «boom» dos telemóveis; a originalidade da «Via Verde».
Calçado: Equipamentos e Novas Tecnologias
O tratamento artesanal de materiais nobres até ao final da década de 70; A produção em massa de materiais sintéticos na década de 80; A inovação tecnológica e os materiais ecológicos (recicláveis) na década de 90: as acções de demonstração iniciadas em 1992 na Basilius e a acção do Centro Tecnológico da Calçado.
Energia e Ambiente
A introdução do gás natural e a construção da Central da Tapada do Outeiro de Ciclo Combinado. O aparecimento da cogeração e a instalação da rede de calor e frio no Parque das Nações em Lisboa; o papel da ecologia industrial na valorização dos produtos em fim de vida (automóveis, pneus, etc.); a importância da energia eólica no futuro da produção distribuída de electricidade.
Engenharia e Vida
O futuro da bioengenharia de órgãos do corpo humano: os membros, olhos, o coração; o caso das próteses de anca; projectos portugueses na área da regeneração óssea; a simulação computacional como auxiliar da clínica; a biomecânica das próteses; a mão eléctrica.
Os estudos sobre o movimento humano e a segurança do corpo em movimento (carros, comboios). Modificar a Natureza: o melhoramento vegetal e os organismos geneticamente modificados. A biotecnologia ao serviço da engenharia alimentar. A biotecnologia ambiental: as bactérias comedoras do enxofre do petróleo; a purificação de efluentes industriais com “quintais” de filtros vegetais; o tratamento dos efluentes dos lagares de azeite; Os produtos recombinantes de elevado valor acrescentado; Escherichia coli: a nova fábrica molecular.
Os desafios do futuro
No fim da exposição, o visitante encontra ainda um espaço dedicado aos grandes desafios do futuro, os quais passam necessariamente pelo aprofundamento da sociedade de informação, para além de novos desenvolvimentos no sector automóvel, nas aplicações ferroviárias, nas infraestruturas aeroportuárias, na construção naval, na área das energias renováveis, na valorização de aplicações de hidráulica, na articulação produtiva e logística dos processos químicos, e no relacionamento da engenharia com as ciências da vida.
De uma forma geral, todos esses projectos implicam desafios importantes, que passam por melhor se compreender a incerteza e grande diversidade, quer de oferta científica e tecnológica, quer de solicitações e gostos da sociedade, e do mercado em geral, que trazem um conjunto de novas oportunidades, mas também de novas exigências para o engenheiro, incluindo a necessidade de uma base científica alargada, mas também da criatividade necessária para lançar novos produtos em mercados dinâmicos.